O mundo se despediu de Papa Francisco, um líder espiritual que marcou uma era com simplicidade, coragem e reformas dentro dos muros do Vaticano — e fora deles também. Com sua morte recente, a Igreja Católica entra oficialmente em período de Sé Vacante, e os olhos de 1,3 bilhão de fiéis (e muitos curiosos) se voltam para Roma, onde o conclave papal já movimenta política, diplomacia e… turismo.
Sim, por mais inesperado que pareça, a escolha do novo Papa não é só um momento religioso — é um acontecimento global, que transforma a cidade eterna numa espécie de mistura entre templo, praça pública e arena espiritual.
Por que viajar para Roma em pleno conclave?
Porque você pode testemunhar um dos rituais mais raros, simbólicos e emocionantes do mundo moderno. Um evento que acontece, em média, só algumas vezes por século. Onde cardeais se reúnem em segredo absoluto na Capela Sistina para decidir o futuro da Igreja — enquanto lá fora, o mundo inteiro segura a respiração esperando a fumaça branca.
Se você estiver por lá, vai vivenciar a história ao vivo, com cheiro de incenso, filas emocionadas e um cenário de tirar o fôlego.
O Vaticano em modo conclave: o que muda (e o que continua sublime)
Durante o período de eleição:
- A Capela Sistina é fechada para visitação (ela vira o local onde os cardeais votam)
- A Basílica de São Pedro continua aberta, mas com movimentação mais intensa
- A Praça de São Pedro se transforma em um grande ponto de vigília e celebração, especialmente no momento da eleição
Enquanto a fumaça preta (sem acordo) ou a branca (temos um novo Papa!) sobe da chaminé improvisada, milhares de pessoas do mundo inteiro estarão ali, com bandeiras, orações, silêncio e lágrimas.
Dicas práticas para quem vai a Roma nesse período:
- Hospedagem
- Priorize bairros como Prati, Trastevere ou Monti, que têm bom acesso ao Vaticano mas ficam fora do tumulto central.
- Diárias podem variar de R$ 800 a R$ 2.000, dependendo da proximidade e da febre “Habemus”.
- Visitação
- Evite tentar visitar a Capela Sistina até o fim do conclave. Use esse tempo pra explorar outras joias como:
- Basílica de São João de Latrão
- Igreja de Santa Maria in Trastevere
- Castel Sant’Angelo, que liga simbolicamente o Vaticano à cidade romana
- Evite tentar visitar a Capela Sistina até o fim do conclave. Use esse tempo pra explorar outras joias como:
- Gastronomia com vista papal
- Bares e restaurantes em Borgo Pio e Via della Conciliazione costumam montar telões com cobertura ao vivo da eleição. Uma pizza e um Papa novo? Temos.
Quando o Papa morre, o turismo espiritual renasce
Mais do que curiosidade, o que atrai tantos viajantes nesse momento é a chance de vivenciar algo maior do que si mesmo.
Seja qual for sua religião, é impossível ficar indiferente a:
- O silêncio respeitoso da multidão na hora do anúncio
- O momento do “Habemus Papam” pronunciado da sacada da Basílica
- O primeiro aceno tímido (ou firme) do novo Papa, envolto em uma capa de responsabilidade global
E depois do conclave? O turismo religioso se espalha
Com a escolha do novo Papa, o interesse por seus lugares de origem, formação e espiritualidade cresce instantaneamente. Prepare-se para:
- Um boom turístico na cidade natal do novo pontífice (que ainda é desconhecida no momento)
- Interesse por santuários e tradições associadas à sua história pessoal
- Roteiros que ligam Roma, Assis, Loreto, Turim, Cracóvia ou até cidades da América Latina ou África, caso o novo Papa venha de fora da Europa
Conclusão: fé, história e turismo num só roteiro
Viajar para Roma durante um conclave não é só estar num ponto turístico — é estar num ponto de virada.
Você pode voltar com uma mala cheia de lembranças, sim, mas também com um olhar mais humano sobre um dos rituais mais antigos e simbólicos do planeta.
O mundo está de luto, mas também em expectativa. E você pode acompanhar tudo do coração da Igreja, ao vivo, em tempo real e com um bom espresso na mão.