Malta na mira: a ilha que está dando uma aula de como driblar o turismo de massa e ainda sair charmosa na foto

Enquanto multidões se acotovelam nas Ramblas de Barcelona ou travam duelos por uma sombra em Ibiza, uma pequena joia no coração do Mediterrâneo observa tudo da sua espreguiçadeira de pedra dourada, tomando um vinho local e dizendo: “podem vir com calma, aqui cabe mais um”.

Essa é Malta. Pequena no tamanho, gigante na astúcia. A ilha que, sem fazer alarde, está se tornando a queridinha dos britânicos e de viajantes espertos que querem sol, história, cultura e mar azul — mas sem parecer figurante de uma rave internacional.

Por que Malta agora? E por que todo mundo está falando dela?

Com o boom do overtourism em destinos mediterrâneos clássicos como Espanha, França e Itália, Malta se posiciona como a alternativa charmosa, tranquila e autêntica — e, convenhamos, com um sotaque irresistível.

Em 2025, o país intensificou sua estratégia turística com foco em:

  • Hospitalidade personalizada
  • Sustentabilidade real (não só discurso em PowerPoint)
  • Experiências culturais profundas, não apenas “selfies em ruínas”
  • E claro: um clima que beira o indecente de tão agradável

O resultado? Um aumento de 27% nas reservas feitas por britânicos em relação ao ano passado.

Mas Malta não quer virar a próxima Santorini lotada de drones: quer um crescimento consciente. E tá fazendo isso direitinho.


Onde fica Malta (e por que você deveria querer ir agora)?

Malta é um arquipélago entre a Sicília e a Tunísia, com três ilhas principais:

  • Malta (a maior e onde tudo acontece)
  • Gozo (a rústica e charmosa)
  • Comino (a do mar que parece tela de descanso do Windows XP)

Apesar de minúscula (todo o país cabe em menos de 320 km²), Malta tem mais história que muito país continental. Já foi lar de cavaleiros templários, colônia britânica, cenário de “Game of Thrones” e — surpresa — também fala inglês oficialmente.

Sim, aqui você pode pedir um café e perguntar onde fica o próximo sítio arqueológico sem precisar usar o Google Tradutor. É o tipo de praticidade que todo viajante ama.


O que esperar de Malta (além de se apaixonar sem querer)

1. História em camadas
Malta é tipo uma lasanha histórica: fenícios, romanos, árabes, normandos, franceses e britânicos passaram por aqui e deixaram tempero.

  • Valletta, a capital, é patrimônio da UNESCO e parece um museu a céu aberto
  • Os templos megalíticos de Ħaġar Qim e Mnajdra são mais antigos que Stonehenge
  • Em Mdina, a “cidade silenciosa”, parece que o tempo tirou férias

2. Mar, mar e mais mar (mas com sossego)
Esqueça praias lotadas de Ibiza. Em Malta, há enseadas escondidas, águas cristalinas e tranquilidade mesmo no verão.

  • Blue Lagoon, em Comino, é quase irreal
  • Ramla Bay, em Gozo, tem areia alaranjada e vibe roots
  • E há quem prefira simplesmente mergulhar de uma pedra direto no azulão

3. Gastronomia com sotaque e alma
A comida maltesa é um mix entre italiana, árabe e britânica.

  • Experimente o ftira (tipo uma pizza ancestral com atum e azeitonas)
  • Peça um coelho estufado, prato nacional
  • E não vá embora sem provar os doces com tâmaras e o vinho local (sim, Malta faz vinho — e é bom!)

4. Hospitalidade como diferencial
Em Malta, você é mais que turista — você é convidado.
Hotéis familiares, pousadas boutique e restaurantes onde o dono puxa papo são comuns.
Esqueça o check-in robótico e o garçom apressado. Aqui, o tempo é outro.


Quanto custa viajar pra Malta?

Spoiler: menos do que parece.

Passagens aéreas:

  • Com voos com conexão saindo do Brasil via Roma ou Lisboa, dá pra chegar a Malta por R$ 3.800 a R$ 5.200 ida e volta (dependendo da época)

Hospedagem:

  • Hostels em Valletta: a partir de R$ 130 a diária
  • Hotéis 3 estrelas: entre R$ 250 a R$ 400
  • Hotéis boutique com vista pro mar: R$ 500 a R$ 800 — e valem cada centavo

Transporte:

  • O país é bem conectado por ônibus, e um passe semanal custa cerca de R$ 90
  • Alugar carro pode ser boa ideia pra explorar Gozo (mas atenção: direção na mão inglesa!)

Comida:

  • Refeições completas por R$ 60 a R$ 90
  • Petiscos e cafés locais por R$ 20
  • E o vinho da casa? Sempre uma pechincha

Como chegar e quando ir

  • Melhor época: abril a junho e setembro a outubro — clima perfeito e menos turistas
  • Voos: via Roma, Lisboa, Istambul ou Frankfurt. A Air Malta tem parcerias com grandes companhias
  • Dica de ouro: combine Malta + Sicília numa mesma viagem — duas culturas mediterrâneas, uma vibe única

Conclusão: Malta é o segredo que não vai ficar escondido por muito tempo

Com sua proposta inteligente de crescimento turístico, Malta prova que dá sim pra atrair viajantes sem virar vitrine de Instagram ou parque temático para mochileiros em modo turbo.

É o destino pra quem quer viver o Mediterrâneo de verdade — com calor humano, mar azul e história nos olhos (e não nos ouvidos de um guia gritando com megafone).