Habemus turismo: como o conclave de 2025 transforma o Vaticano num dos destinos mais intensos (e sagrados) do mundo

O mundo se despediu de Papa Francisco, um líder espiritual que marcou uma era com simplicidade, coragem e reformas dentro dos muros do Vaticano — e fora deles também. Com sua morte recente, a Igreja Católica entra oficialmente em período de Sé Vacante, e os olhos de 1,3 bilhão de fiéis (e muitos curiosos) se voltam para Roma, onde o conclave papal já movimenta política, diplomacia e… turismo.

Sim, por mais inesperado que pareça, a escolha do novo Papa não é só um momento religioso — é um acontecimento global, que transforma a cidade eterna numa espécie de mistura entre templo, praça pública e arena espiritual.

Por que viajar para Roma em pleno conclave?

Porque você pode testemunhar um dos rituais mais raros, simbólicos e emocionantes do mundo moderno. Um evento que acontece, em média, só algumas vezes por século. Onde cardeais se reúnem em segredo absoluto na Capela Sistina para decidir o futuro da Igreja — enquanto lá fora, o mundo inteiro segura a respiração esperando a fumaça branca.

Se você estiver por lá, vai vivenciar a história ao vivo, com cheiro de incenso, filas emocionadas e um cenário de tirar o fôlego.

O Vaticano em modo conclave: o que muda (e o que continua sublime)

Durante o período de eleição:

  • A Capela Sistina é fechada para visitação (ela vira o local onde os cardeais votam)
  • A Basílica de São Pedro continua aberta, mas com movimentação mais intensa
  • A Praça de São Pedro se transforma em um grande ponto de vigília e celebração, especialmente no momento da eleição

Enquanto a fumaça preta (sem acordo) ou a branca (temos um novo Papa!) sobe da chaminé improvisada, milhares de pessoas do mundo inteiro estarão ali, com bandeiras, orações, silêncio e lágrimas.

Dicas práticas para quem vai a Roma nesse período:

  1. Hospedagem
    • Priorize bairros como Prati, Trastevere ou Monti, que têm bom acesso ao Vaticano mas ficam fora do tumulto central.
    • Diárias podem variar de R$ 800 a R$ 2.000, dependendo da proximidade e da febre “Habemus”.
  2. Visitação
    • Evite tentar visitar a Capela Sistina até o fim do conclave. Use esse tempo pra explorar outras joias como:
      • Basílica de São João de Latrão
      • Igreja de Santa Maria in Trastevere
      • Castel Sant’Angelo, que liga simbolicamente o Vaticano à cidade romana
  3. Gastronomia com vista papal
    • Bares e restaurantes em Borgo Pio e Via della Conciliazione costumam montar telões com cobertura ao vivo da eleição. Uma pizza e um Papa novo? Temos.

Quando o Papa morre, o turismo espiritual renasce

Mais do que curiosidade, o que atrai tantos viajantes nesse momento é a chance de vivenciar algo maior do que si mesmo.

Seja qual for sua religião, é impossível ficar indiferente a:

  • O silêncio respeitoso da multidão na hora do anúncio
  • O momento do “Habemus Papam” pronunciado da sacada da Basílica
  • O primeiro aceno tímido (ou firme) do novo Papa, envolto em uma capa de responsabilidade global

E depois do conclave? O turismo religioso se espalha

Com a escolha do novo Papa, o interesse por seus lugares de origem, formação e espiritualidade cresce instantaneamente. Prepare-se para:

  • Um boom turístico na cidade natal do novo pontífice (que ainda é desconhecida no momento)
  • Interesse por santuários e tradições associadas à sua história pessoal
  • Roteiros que ligam Roma, Assis, Loreto, Turim, Cracóvia ou até cidades da América Latina ou África, caso o novo Papa venha de fora da Europa

Conclusão: fé, história e turismo num só roteiro

Viajar para Roma durante um conclave não é só estar num ponto turístico — é estar num ponto de virada.

Você pode voltar com uma mala cheia de lembranças, sim, mas também com um olhar mais humano sobre um dos rituais mais antigos e simbólicos do planeta.

O mundo está de luto, mas também em expectativa. E você pode acompanhar tudo do coração da Igreja, ao vivo, em tempo real e com um bom espresso na mão.