Se você sempre sonhou em caminhar pela Muralha da China, se perder nos becos de Xangai ou finalmente ver um panda ao vivo, mas desanimava só de pensar na burocracia do visto… boas notícias: seus problemas acabaram.
A partir de 1º de junho de 2025, brasileiros estão isentos de visto para entrar na China por até 30 dias. Sim, trinta dias inteirinhos para explorar templos milenares, arranha-céus futuristas, feiras de rua, e pratos que podem virar amor à primeira garfada — ou um trauma gastronômico inesquecível (a depender da sua sorte com comida de rua).
E o melhor: essa medida vale até 31 de maio de 2026. Um ano inteiro para realizar o sonho de atravessar a Muralha — ou pelo menos garantir uma selfie nela com direito a legenda inspiradora.
O que mudou, afinal?
A China está ampliando sua diplomacia com mais charme e menos carimbo. Além dos brasileiros, cidadãos da Argentina, Chile, Peru e Uruguai também poderão entrar sem visto. A ideia é clara: incentivar turismo, negócios e, claro, aumentar o número de stories com o céu vermelho de Pequim ao pôr do sol.
Regras básicas para aproveitar a isenção de visto
- A estadia não pode ultrapassar 30 dias
- Válida para: turismo, negócios, visitas a familiares e trânsito
- Ainda será necessário:
- Ter passaporte válido por pelo menos 6 meses
- Mostrar passagens de ida e volta
- Apresentar comprovante de hospedagem ou carta-convite
- Trabalhar ou estudar? Ainda precisa de visto específico, ok?
Para onde ir com esses 30 dias na mão?
Se você acha que a China se resume a Pequim e pandas, prepare-se para se surpreender. Com o novo cenário de entrada facilitada, aqui vão alguns destinos para montar um roteiro épico (e altamente fotogênico):
Pequim (Beijing)
- Clássico imperdível: Cidade Proibida, Templo do Céu e, claro, a Muralha da China.
- Reserve 3 a 4 dias para explorar com calma e ainda se perder nos hutongs, os becos históricos.
- Custo médio por dia: R$ 250 a R$ 500
Xangai
- Alta tecnologia, skyline impressionante, vida noturna agitada e bairros criativos como Tianzifang.
- Para quem curte cidades grandes, metrôs eficientes e luzes de neon.
- Custo médio por dia: R$ 300 a R$ 600
Chengdu
- A casa oficial dos pandas. Centros de preservação e muita fofura garantida.
- Ideal também para os fãs de comida apimentada — aqui o paladar é desafiado.
- Custo médio por dia: R$ 200 a R$ 400
Guilin e Yangshuo
- Montanhas cársticas dignas de filme da Disney. Trilha, bike, barco e paz.
- Perfeito para quem busca natureza, silêncio e fotos incríveis.
- Custo médio por dia: R$ 180 a R$ 350
Como chegar?
Voos diretos do Brasil para a China ainda não existem, mas há várias rotas com apenas uma escala saindo de São Paulo (Guarulhos). Companhias como Emirates, Qatar Airways, Turkish Airlines, Lufthansa e Air France oferecem boas conexões.
- Passagens ida e volta: entre R$ 5.500 e R$ 8.000
- Principais aeroportos de entrada: Beijing Capital (PEK), Shanghai Pudong (PVG) e Guangzhou Baiyun (CAN)
Quando é a melhor época para visitar?
- Primavera (março a maio) e outono (setembro a novembro) são ideais: clima agradável e menos extremos.
- Evite o Ano Novo Chinês (entre janeiro e fevereiro): é quando mais de 1 bilhão de chineses viaja ao mesmo tempo.
- Em junho começa o verão — e cidades como Xangai podem alcançar os 40°C com sensação térmica de “dentro de um dumpling”.
O que isso significa?
Além da facilidade prática, a isenção de visto é um sinal claro de aproximação entre Brasil e China. Em um mundo cada vez mais conectado (ou cansado da conexão excessiva), abrir fronteiras sem papelada é mais do que uma gentileza — é uma jogada inteligente.
E cá entre nós: depois de pandemia, vistos complicados e incertezas de viagem, essa é daquelas notícias que a gente celebra com uma busca imediata por promoções no Google Flights.
Dica bônus: baixe o WeChat e pratique a mímica
Na China, dinheiro em espécie é coisa do passado. Você vai usar QR Code até para pagar espetinho de escorpião. Baixe o WeChat antes da viagem, e se puder, aprenda alguns termos básicos em mandarim como “obrigado”, “sem pimenta” e “onde é o banheiro?”. O resto, a mímica resolve com criatividade.
Em resumo?
China sem visto é liberdade com sabor de yakisoba. Tire o passaporte da gaveta, atualize as vacinas e comece a planejar o roteiro. O país está de braços abertos — e você não vai precisar de nenhum carimbo para atravessar a próxima fronteira da sua história de viajante.