Se antes viajar para Pequim ou Xangai parecia tão improvável quanto memorizar um cardápio inteiro em mandarim, é hora de rever seus planos: a conexão Brasil-China está mais viva do que nunca. Graças a um novo acordo bilateral, o turismo entre os dois países está prestes a dar um salto de primeira classe — com voos diretos, menos burocracia e mais encontros entre o acarajé e o dim sum.
Estamos falando de uma revolução diplomática e turística com aroma de jasmim e café fresco, que promete facilitar o sonho de quem quer passear pela Muralha da China ou posar para selfies em Copacabana. Mais do que isso: é uma chance de impulsionar a economia criativa, enriquecer o intercâmbio cultural e alimentar aquela vontade irresistível de conhecer o mundo — agora, com menos escalas e mais conexões (humanas, claro).
O que está acontecendo?
Em 2025, Brasil e China firmaram um pacote de medidas turísticas que inclui:
- Aumento de voos diretos entre São Paulo, Rio de Janeiro e cidades como Pequim, Xangai e Guangzhou;
- Facilitação na emissão de vistos para turistas e estudantes (e já se discute a isenção total em breve!);
- Promoção conjunta de eventos culturais e gastronômicos;
- E, o mais importante: uma vontade inédita de aproximar as pessoas além dos acordos comerciais.
O impacto já é visível: agências brasileiras registraram um crescimento de 42% na procura por pacotes para a China nos primeiros três meses do ano. No caminho inverso, turistas chineses redescobrem o Brasil além dos clássicos Cristo Redentor e Cataratas do Iguaçu — explorando lugares como o Jalapão, a Amazônia e até o forró pé de serra.
O que esperar dessa nova rota Brasil-China?
1. Gastronomia para unir o mundo
Prepare-se para experiências gastronômicas únicas: feijoada com hashis, pastel com molho hoisin e churrasco encerrado com chá de jasmim. Restaurantes sino-brasileiros começam a florescer dos dois lados do planeta. Já ouviu falar em pato laqueado com farofa? Você vai ouvir.
2. Turismo de experiências (e não apenas de selfies)
Na China:
- Aulas de caligrafia tradicional em Hangzhou;
- Passeios de bicicleta pelo trecho final da Muralha da China, em Jiayuguan;
- Imersões espirituais nos templos de Shaolin ou nas montanhas de Zhangjiajie (as de “Avatar”).
No Brasil:
- Oficinas de maracatu no Recife Antigo;
- Trilhas ecológicas na Chapada dos Veadeiros com tradução em mandarim;
- Vivências culturais com povos indígenas na Amazônia, com guias bilíngues.
3. Compras com significado
O turista chinês agora busca o Brasil autêntico: biojoias, cosméticos naturais e roupas com identidade regional. Em contrapartida, brasileiros estão descobrindo o mercado chinês de chá, tecnologia de ponta e artesanato tradicional.
Quanto custa essa aventura?
- Voos diretos: A nova malha aérea promete reduzir os preços em cerca de 30%. Já é possível encontrar passagens de ida e volta por volta de R$ 4.500, com duração média de 22 horas (antes, as viagens podiam levar 30h e incluir escalas aleatórias, como em Dubai às 3 da manhã).
- Hospedagem na China:
- Hostels e hotéis 3 estrelas em Pequim ou Xangai: entre R$ 150 e R$ 400 por diária;
- Hotéis boutique em cidades históricas como Chengdu ou Lijiang: de R$ 300 a R$ 600.
- Alimentação:
- Um banquete completo sai por menos de R$ 50 (entrada, prato principal, chá e sobremesa!);
- Comida de rua por cerca de R$ 10.
- Transporte:
- Trem-bala (como Pequim–Xangai em 4h30) por cerca de R$ 200;
- Metrô ultra moderno por R$ 3;
- Aplicativos de carona, como o DiDi, com corridas urbanas em torno de R$ 25.
Como embarcar nessa jornada?
- Documentação: Passaporte válido e visto em mãos (por enquanto ainda necessário, mas a isenção pode chegar até o final de 2025).
- Mandarim básico: Aprender frases simples ou baixar um tradutor offline facilita (e muito) a vida.
- Escolha seu destino com propósito:
- Quer história imperial? Vá a Xian.
- Busca tecnologia e modernidade? Xangai é o lugar.
- Prefere natureza, pandas e poesia? Chengdu vai te encantar.
- Ou melhor ainda: reserve um mês e explore tudo!
E o Brasil?
Prepare-se para receber ainda mais turistas chineses! Lugares como Foz do Iguaçu, Paraty, o Pantanal e até São Miguel do Gostoso já investem em sinalização bilíngue, guias fluentes em mandarim e cardápios adaptados. A Embratur e o setor hoteleiro comemoram.
Conclusão: um novo capítulo no turismo internacional
A nova era de intercâmbio entre Brasil e China é mais do que uma simples rota aérea — é um convite para mergulhar em culturas que, embora geograficamente distantes, compartilham valores essenciais: hospitalidade, boa comida, respeito aos mais velhos e um maravilhoso senso de humor. Com voos diretos, menos burocracia e uma curiosidade mútua crescente, o mundo ficou ainda menor para quem sonha grande.