Se você achava que férias em família eram sinônimo de criança chorando, jovem no celular e vovô bufando porque o passeio era “moderno demais”… segura esse guia e prepara o coração!
O turismo intergeracional (aquele que junta todas as faixas etárias numa mesma trip) e o turismo prateado (com foco no público 60+) estão “bombando” como desconto de aposentado na farmácia. A verdade é que o pessoal da melhor idade está com tudo: tempo, disposição e, em muitos casos, dinheiro e senso de aventura. E se dá pra unir isso com netos curiosos, filhos multitarefas e uma viagem bem planejada, por que não?
Melhores destinos para viagens intergeracionais e turismo sênior (sem maratona, mas com emoção)
1. Gramado e Canela (RS) — Um clássico que nunca sai de moda
Atividades para todas as idades:
• Snowland (simulador de neve) pra neto pirar, e o vovô se achar o próprio Papai Noel.
• Tour de vinhos com suco de uva pra criançada e Cabernet pro resto.
• Lago Negro, ideal pra um pedalinho romântico… em família mesmo.
Transporte local: Uber funciona bem. Táxis e vans turísticas: R$30–R$60 por trajeto médio.
Comidas típicas: Sequência de fondue (R$90 por pessoa). E buffet colonial que mais parece o “tudo o que seu cardiologista pediu pra evitar”.
2. Monte Verde (MG) — Charme de serra com acessibilidade
Atividades:
• Trilha do Pinheiro Velho: fácil, com bancos pra descansar a cada 10 metros (vovó agradece).
• Loja de chocolate artesanal, onde neto lambuza, adulto compra presente e vovô fiscaliza a qualidade do doce.
Hospedagem: Muitas pousadas com estrutura para mobilidade reduzida.
Melhor época: Junho a agosto (friozinho, sem chuva).
Transporte: Vans e táxis em média R$20 por trajeto no centro.
Comida: Truta grelhada com arroz de pinhão (R$50). Tem comida caseira pra agradar todos os paladares.
3. Lisboa, Portugal — Europa, mas com língua amiga e comida de vó
Por que ir? História pra quem ama museu, pastel de nata pra quem ama doce e bondinho elétrico pra quem ama não andar.
O que fazer:
• Passear no Elétrico 28 (R$10 por trajeto, super cênico).
• Visitar o Mosteiro dos Jerónimos (R$70, meia para 60+).
• Comer bacalhau de mil jeitos.
Transporte: Lisboa Card (R$180 por 72h) cobre metrô, ônibus, bondes e trem para Sintra.
Hospedagem: Airbnb com elevador, por favor.
Melhor época: Abril, maio ou setembro (menos calor, menos turistas).
Internet: Chip eSIM (Airalo, R$50 com 3GB).
4. Foz do Iguaçu (PR) — Cataratas, fronteira e diversidade
Atividades:
• Cataratas com elevador panorâmico — acessível até pra quem não quer molhar o tênis ortopédico.
• Parque das Aves encanta qualquer idade.
• Compras no Paraguai — o que é mais intergeracional do que isso?
Transporte: Táxi de hotel até Cataratas = R$40.
Ingresso Cataratas: R$57 adulto, R$11 para 60+.
Comida: Bufê por quilo com carne de capivara (sim, sério). R$60 o kg.
Melhor época: Abril a junho, com volume de água equilibrado.
5. Buenos Aires — Elegância e empanadas para todas as idades
Atividades:
• Show de tango (R$90 com jantar incluso).
• Passeio pelo Caminito e La Boca (levar o avô que gosta de futebol, porque é a terra do Boca Juniors).
• Jardim Japonês — ideal para o “vamos só dar uma voltinha”.
Transporte: Cartão SUBE, recarregável (viagem de metrô custa cerca de R$1,80).
Comida típica: Parrilla (carne e mais carne), empanadas (R$5 a unidade), dulce de leche pra se lambuzar.
Internet: Chip Claro local (R$30 com 3GB).
O que fazer de dia, noite e até na chuva?
De dia: Museus, jardins, feiras de artesanato. Programas suaves, mas que rendem muita conversa boa.
De noite: Jantar com música ao vivo, show cultural ou até uma sessão de cinema retrô.
Com chuva: Spa, oficinas de gastronomia ou de artesanato local, tour em museus temáticos (a maioria com acesso facilitado e coberto).
Dica de internet: ninguém quer ficar sem Google Maps
Para o público 60+, chip internacional pré-pago e fácil de instalar, como os de operadoras virtuais (Airalo, Yesim), é a melhor opção. Preços giram entre R$40 – R$120 por 5GB.
Melhor época para esse tipo de viagem?
Evite os extremos: nada de calorão do verão nem a friaca que dói os ossos. Primavera e outono (março-maio e setembro-novembro) são os melhores meses.
Rota rápida: melhor estratégia de chegada
Prefira voos diretos sempre que possível. Se tiver escalas, dê preferência por conexões com tempo confortável — ninguém quer ver o vovô correndo no aeroporto.
Moral da história: ninguém fica pra trás!
Uma boa viagem intergeracional é aquela que respeita os limites, mas também desafia a zona de conforto — seja com um novo sabor, uma trilha leve ou um passeio de barco com vista.
Só não vale deixar a vovó no hotel (a menos que ela queira uma sonequinha pós-buffet).
Preparado pra fazer as malas e levar a família inteira? Bora nessa!